Fiel da Balança 2020

Vivemos hoje num mundo supersónico, num mundo do imediato, do aqui e do agora, num mundo em que nos é exigido tudo. Exigem-me enquanto jovem que decida o que quero fazer nos próximos 50 anos da minha vida, onde quero passar o meu tempo e onde espero fazer dinheiro, muito dinheiro, e eu sinto-me incapaz de responder. Sou questionado quase diariamente sobre o que quero ser quando for grande (se é que o serei um dia), perguntam-mo em família, entre amigos, até desconhecidos o ousam fazer e é já de forma automática que respondo: “Não sei, vamos ver”. Segue-se, então, a questão que me levou a escrever este texto “Então, porquê Direito?”, questão esta que, neste momento me sinto capaz de responder. Nasci numa casa de Advogados, desde pequeno bebo doutrina e casos práticos de forma inconsciente, sempre tive entre as minhas “vocações” (um termo que as conselheiras de orientação gostam de aplicar), eu, gosto de chamar-lhes paixões: as Letras, as Línguas e as Humanidades, as ditas Ciências Humanas. É por isso que não me arrependo, e aconselho cegamente todos os que se revejam nas minhas palavras a seguir o curso de Direito, pois na área de Letras é de longe o curso que mais portas abre, que mais bases nos dá, e é sobretudo um curso que nos oferece algo, que para mim é muito importante: a liberdade de escolha. Com uma licenciatura em Direito posso profissionalizar-me em qualquer área, especializar-me como bem entender, tendo sempre um Porto Seguro, que é o Direito em si. Creio que o Direito nos permite ser fiéis a nós mesmos, permite-me que guarde as minhas paixões e fantasias pessoais quer no plano das Artes quer no plano do Desporto e que não descarte fazer delas vida, bem como áreas que via Mestrado são plenamente acessíveis (Economia, Gestão, Relações Internacionais, Comunicação, Jornalismo, entre outros) tendo sempre, – refiro novamente – uma base académica sólida e conceituada.

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